quarta-feira, 30 de maio de 2007

Passaporte

Quem emite os passaportes no Brasil é o Departamento de Polícia Federal, ligado ao Ministério da Justiça. É o mesmo órgão que, recentemente, vem prendendo políticos, empresários, advogados e policiais corruptos país afora. Dizem até que algumas dessas megaoperações são motivadas pela insatisfação salarial dos policiais federais. Verdade ou não, o fato é que até sexta-feira passada eles estavam em greve, afetando a emissão de passaportes.

O meu passaporte anterior venceu em outubro de 2005 e demorei para renová-lo, porque estava esperando sair o modelo novo. Mas no ano passado, como recebi uma proposta de trabalho na Irlanda, acabei renovando no modelo antigo mesmo. Graças ao meu pai, que insistiu para eu não deixar para a última hora. É verdade, vai que tem uma greve da Polícia Federal... Mesmo que o trabalho não tenha dado certo, foi bom, porque agora estou com o passaporte em dia. E o modelo novo ainda não está disponível no estado de São Paulo.

terça-feira, 29 de maio de 2007

Trens

Há alguns dias mencionei que as empresas ferroviárias européias estavam preocupadas com a concorrência das empresas aéreas de baixo custo. Inclusive fui exemplo desse embate, ao descartar a possibilidade de ir de trem da Holanda para a Dinamarca, devido ao preço, tempo de viagem e dificuldade de comprar a passagem.

Agora, acabo de ler a seguinte notícia no boletim da Deutsche Welle (tradução e compilação minhas):

Com novas conexões de trem rápido entre grandes cidades da Alemanha e Paris, a Deutsche Bahn e a SNCF querem recolocar nos trilhos os passageiros perdidos para as empresas aéreas. É a primeira vez que as duas parceiras lançam trens de alta velocidade em conjunto. Nesta semana foram realizadas duas viagens de teste, em que um ICE partindo de Frankfurt e um TGV partindo de Stuttgart com destino à capital francesa reduziram o tempo de viagem de 6 para 4 horas. A nova opção de transporte está programada para entrar em operação no dia 10 de junho. Para o presidente da Deutsche Bahn, trata-se do início de uma nova era, uma aliança européia em prol do transporte rápido sobre trilhos entre diferentes países.

Ainda há muitas coisas para serem melhoradas nos trens da Europa, por mais que o sistema pareça quase perfeito. Por exemplo, quando estive em Freiburg im Breisgau (sudoeste da Alemanha), em 1999, fiquei surpreso com a ausência de ligação ferroviária entre os dois países naquela região. A "explicação" era a ausência de uma ponte sobre o Reno, destruída durante a 2.ª Guerra e nunca reconstruída. Para ir de Freiburg a Colmar (50 km) ou Mulhouse (60 km), na França, por exemplo, só de ônibus ou carro!

segunda-feira, 28 de maio de 2007

Bagagens - Uma história

Pode parecer excesso de detalhismo essa minha preocupação com o peso das bagagens, mas eu sei, de experiências anteriores, que é fácil alcançar esses limites. Para encerrar esse assunto, vou contar uma história.

Uma vez, voltando da Alemanha em 1999, depois de apenas dois meses lá, fazendo um curso de alemão, eu estava com 32 kg de bagagem no momento do check-in, quando o limite era de 23 kg. Além do material que eu comprei durante o curso de alemão (livros, gramáticas, dicionários), eu ainda tinha comprado uns livros numa rápida ida à França, presentes pra todo mundo no Brasil, além de juntar algumas outras bugigangas. Sem contar que era um curso de inverno, e roupas de frio pesam.

Para não pagar o excesso de bagagem, que seria escorchante, resolvi despachar uma parte da bagagem em uma sacola separada, por meio da Lufthansa Cargo. Além de passar algumas horas em um guichê que mais parecia repartição pública brasileira, em meio a dezenas de despachantes (sim, eles existem por lá também!), passei quase dois meses para conseguir retirar a minha sacola em Viracopos, depois de voltar ao Brasil. Isso porque, além da burocracia habitual, os fiscais da Receita não queriam acreditar que não tinha nada proibido lá dentro e, mesmo abrindo e olhando tudo, me deram uma canseira. No total acho que tive que ir umas quatro vezes ao aeroporto.

A minha "sorte" daquela vez foi ter chegado com bastante antecedência no aeroporto de Frankfurt; assim deu tempo de abrir as malas, separar as coisas e "exportar" parte da minha bagagem. Porque o grande problema do excesso de bagagem é justamente que, na maioria das vezes, a gente só tem certeza se extrapolou ou não no balcão do check-in, porque fica também na dependência da boa vontade do funcionário, que às vezes permite alguns "quilinhos" a mais e outras vezes não.

De qualquer maneira, se fosse hoje, eu faria diferente: despacharia tudo o que fosse de papel pelos correios em uma caixa e mandaria entregar na casa dos meus pais.

Bom, mas a princípio só vou precisar me preocupar com isso quando eu já estiver voltando, da Venezuela, no ano que vem. Até lá, vou poder levar generosos 76 kg em todos os vôos...

sexta-feira, 25 de maio de 2007

Bagagens - Ponderações

O Cássio me escreveu dizendo que eu deveria viajar "leve". Disse ele:

Não estou entendendo esse seu problema de logística com as bagagens. Eu imaginei que você viajaria bem leve, com poucas coisas, uma vez que você terá a oportunidade de lavar roupas com uma freqüência maior do que em uma viagem normal, não?
Para que então levar tantos quilos se tudo o que você precisa são alguns pares de cada peça de roupa. Ademais, você comprará bastante coisa por lá e já colocará em uso.


Depois o Gabriel me escreveu também sobre o mesmo assunto:

Sabia que o recomendado pra quem vai fazer o Caminho de Santiago é um máximo de 8 kg? Não sei o que isso tem a ver com a tua viagem, mas achei legal falar. Eu e a Márcia saímos daqui pro Marrocos, pra um mês de viagem, com, respectivamente, 8 kg e 7 kg de bagagens. Minha mulher conseguiu levar menos peso que eu.

Putz, não sei o que dizer, além de parabéns!! :-)

Eu ainda estou pensando no que vou colocar na mala, mas menos de 10 kg só quando viajo de bicicleta, e olhe lá...

De qualquer maneira, vou conseguir passar tranqüilamente pelo primeiro funil, já que, independentemente da bagagem, a opção mais econômica para eu ir até a Holanda foi fazer um bate-e-volta em Copenhague.

quinta-feira, 24 de maio de 2007

Transavia

Para quem tiver curiosidade sobre a composição do preço da passagem da Transavia, vejam que interessante:

Ida:
4,88 € - passagem (tarifa Web)
28, 12 € - taxas e sobretaxas¹
--------
33,00 € - total

¹ Detalhamento das taxas e sobretaxas:
12,00 - Seguro e sobretaxa de combustível

16,12 - Taxa de serviço ao passageiro


Volta:
5,00 € - passagem (tarifa Web)
40,00 € - taxas e sobretaxas²
--------
45,00 € - Total

² Detalhamento das taxas e sobretaxas:
12,78: Taxa de segurança aeroportuária

13,22: Taxa de serviço ao passageiro

2,00: Taxa de isolamento acústico

12,00: Seguro e sobretaxa de combustível

Fiquei encafifado com esses valores, principalmente com essas "taxas e sobretaxas". Primeiro eu pensei que elas não ficavam com a Transavia, e sim com as autoridades aeroportuárias. Mas se fosse assim, como a empresa conseguiria vender passagens a 5€ ?! Eu sei que ela só vende algumas a esse preço, para aumentar a ocupação dos aviões, que, cheios ou vazios, custam a mesma coisa para ela. Mas cinco euros?! Não cobrem nem o aumento de consumo de combustível provocado pelo meu peso e o peso da minha bagagem, nem o desgaste do tapete e do estofamento da poltrona...

Então deduzo que, exceto pela "taxa de segurança aeroportuária" (e, talvez, a "taxa de isolamento acústico"), as outras devem ficar com a Transavia. Mas então, por que algumas taxas são cobradas na volta, mas não na ida?

E cadê a tal taxa de embarque, que sempre pagamos quando compramos uma passagem aérea?

Ah, e se alguém tiver percebido que os valores acima somam 78,00 €, e não 84,50 €, como eu disse que paguei, é porque teve também uma cobrança de mais 6,50 € pelo pagamento com cartão de crédito. Aliás, essa era praticamente a única forma de pagamento disponível, a não ser que eu tivesse um determinado cartão de banco holandês.

quarta-feira, 23 de maio de 2007

Holanda!

Finalmente, consegui resolver o problema logístico da minha ida à Holanda. Consegui comprar ida e volta Copenhague<>Amsterdã por 84,50 €, o que dá aproximadamente R$ 230,00. Esse valor saiu mais barato do que cancelar o trecho da KLM de Amsterdã para Copenhague (parte do meu roteiro fechado) e comprar uma outra passagem só para esse trecho, tanto de trem como de avião. Além disso, resolve o problema do peso das bagagens, já que vou deixá-las em Copenhague antes de ir para Amsterdã.

O começo da viagem ficou assim então:
01/08 - 18h40: partida de São Paulo (vôos KLM 792 / KLM 1131)
02/08 - 16h35: chegada em Copenhague
03/08 - 14h20: partida de Copenhague (vôo Transavia HV5788)
- 15h40: chegada em Amsterdã
- (tarde): trem de Amsterdã para Nijmegen
               *** quatro dias em Nijmegen com a Lou ***
07/08 - (tarde): trem de Nijmegen para Amsterdã
              *** quatro dias em Amsterdã com o Pascal ***
11/08 - 11h: partida de Amsterdã (vôo Transavia HV5787)
- 12h20: chegada em Copenhague

Pode até não parecer, mas geralmente eu não gosto de planejar as minhas viagens com tanta antecedência e com tantos detalhes. Mas é que esses preços de passagens costumam ir subindo conforme vai chegando mais perto da data do vôo, então achei melhor aproveitar. Além disso, como vou ficar na casa de conhecidos, me sinto na obrigação de escolher um período que seja melhor para eles.

terça-feira, 15 de maio de 2007

Bagagens

Depois de ligar para a Delta no Brasil, para cada uma das companhias com as quais vou voar, para a Delta nos Estados Unidos e depois de consultar os sites de algumas companhias, consegui compilar as seguintes informações sobre os limites de bagagens:

Companhia Bagagem de mão Bagagem embarcada
KLM 10 kg – 12 kg 2 x 32 kg
Air France 12 kg 2 x 32 kg
Korean Airlines 12 kg 2 x 32 kg
Delta Airlines 18 kg
2 x 23 kg
Avianca 10 kg 30 kg


Além disso, todas elas permitem levar como bagagem de mão, fora do limite de peso, itens pessoais como:

- bolsa ou pochete
- agasalho (casaco, cobertor)
- equipamentos de foto e vídeo
- computador portátil
- itens para cuidado de bebês
- bengala, cadeira de rodas

Na Engenharia aprendi que a resistência de uma corrente é igual à resistência do seu elo mais fraco, ou ainda, que a velocidade máxima de um processo é a velocidade do seu subprocesso mais lento. Então, o peso máximo de bagagem que poderei levar deverá ser o limite da companhia aérea mais restrita; no caso, a Avianca.

Portanto, ao fazer as malas, vou levar em conta os seguintes limites:

• Bagagem de mão: 10 kg + itens pessoais
• Bagagem embarcada: 30 kg, divididas em no máximo duas malas

Além disso, tem também a questão da Transavia, a companhia aérea que eu poderia pegar para ir de Amsterdã para Copenhague, que tem limites ainda menores: 5 kg (mão) + 20 kg (embarcada).

segunda-feira, 7 de maio de 2007

Como se comunicar na Ásia

Um vídeo divertido, enviado pelo meu amigo Alexandre Polidoro:

celular com foto (1 MB)

sexta-feira, 4 de maio de 2007

Holanda?

Como eu mencionei no relato do dia 23 de abril, estou pensando em aproveitar a minha estada na Dinamarca para dar um pulinho até a Holanda.

O período previsto para eu ficar na Dinamarca é de um mês (de 2 de agosto a 2 de setembro). Durante esse período, estou pensando em passar uma semana na Holanda. Inicialmente, eu tinha pensado em parar em Amsterdã na ida, já que o meu vôo faz escala lá. Mas para alterar o itinerário (cancelar a segunda "perna", Amsterdã > Copenhague), eu precisaria pagar US$50 para a Delta.

Com a ajuda da Lou, descobri uma empresa aérea (Transavia) que faz Amsterdã > Copenhague por cerca de €50, então a passagem pela Holanda ficaria em uns €90 no total. Só que tem um problema: a bagagem. A Transavia, assim como a maioria das empresas aéreas de baixo custo, só permite 20 kg e com certeza eu vou levar mais. O custo para transportar excesso de bagagem é de €6 por kg, o que equivale a pagar o preço de outra passagem para levar cerca de 8 kg a mais.

Pensei também em ir para a Dinamarca de trem, que não tem limite de bagagem. A melhor opção que encontrei foi Amsterdã > Hannover > Hamburgo > Copenhague. Custo total: cerca de €50, com as tarifas mais reduzidas. A viagem duraria umas 11 horas, já com as duas baldeações. Eu gosto muito de trens e fiquei com vontade de passar um dia dentro de três deles, cruzando a Holanda e a Alemanha, observando a paisagem e os passageiros, chegando à Dinamarca por terra.

Deixei a idéia descansar durante alguns dias, até que me veio à mente o seguinte raciocínio: se o preço para alterar o meu roteiro de avião é de US$50 e o preço para ir de Amsterdã a Copenhague (de avião ou trem) fica em torno de €50 (total R$ 250,00), eu poderia não alterar o meu roteiro, ou seja, voar de São Paulo > Amsterdã > Copenhague (economizando os US$50 da alteração), deixar a minha bagagem lá na casa do Bernardo e da Miriam, voltar de avião para Amsterdã pagando €50, passar uma semana na Holanda e depois voar de volta Amsterdã > Copenhague pagando mais €50, ou seja, ida e volta por cerca de 100 € (~R$ 270,00). O custo em relação à primeira opção seria um pouco maior, mas eu não precisaria me preocupar com excesso de bagagem. Em compensação, não andaria de trem. Mas já vou andar de trem de qualquer jeito dentro da Holanda e na Escandinávia. Quanto ao conforto, não sei dizer. A viagem de avião seria mais rápida, mas as idas e vindas aos aeroportos podem não compensar.

Abro aqui um parêntese, à guisa de reflexão. Recentemente estive lendo que as empresas de trens da Europa estão sofrendo séria concorrência das empresas aéreas, sobretudo as de baixo custo, e que estão buscando oferecer novas vantagens para estimular a preferência pelo trem, inclusive com a criação de programas de milhagem. O meu raciocínio acima é um exemplo de que, economicamente, os preços desses dois meios de transporte para longas distâncias estão quase empatados.

Bom, ainda falta decidir se gastar R$ 270,00 com passagens para passar uma semana na Holanda está dentro do escopo da viagem. Estou mais propenso a ir sim, mas preciso pensar um pouco mais e esperar as respostas da Lou e da Miriam sobre qual seria o melhor período por parte deles. Estou pensando em duas opções:

a) bate-e-volta em Copenhague no dia 2 de agosto (só para deixar as malas e voltar para o aeroporto no mesmo dia ou dia seguinte); ou

b) chegar e ficar 3 semanas na Dinamarca (com eventuais idas à Suécia e Noruega) e viajar para a Holanda no final (~24 de agosto), voltando para Copenhague no dia 2/9 apenas para pegar a mala e ir embora para a Índia.

Só pensei nessas duas opções porque estou querendo ficar períodos mais longos em cada lugar, sem "interrupções", para vivenciar melhor cada ambiente.

quinta-feira, 3 de maio de 2007

Faltam 90 dias!

Hoje faltam aproximadamente 3 meses para o início da viagem. Tenho ainda muitas coisas a acrescentar no blog.