terça-feira, 28 de agosto de 2007

Vasa

No século XVII, sob o reino de Gustav II Adolf, a Suécia transformou-se numa grande potência européia, sobretudo devido às guerras que o "Leão do Norte", como era conhecido, empreendeu contra diversos países. Na segunda década daquele século, o rei mandou construir um enorme navio de guerra contra o principal inimigo na época, a Polônia.A embarcação se chamaria Vasa, nome de um antigo rei sueco. Com esse navio, Gustav II Adolf pretendia criar uma máquina de guerra que fosse capaz não apenas de assustar seus inimigos... como deslumbrar por sua ostentação. Assim, em vez de apenas uma ponte de canhões, como era costume naquela época, ordenou a construção de mais uma, acima da primeira.
Em 10 de agosto de 1628, o Vasa ficou pronto e içou velas em direção à Polônia. Devido à sua altura desproporcional, com excesso de peso na parte superior e lastro insuficiente, o Vasa naufragou em sua primeira viagem, logo na saída de Estocolmo, assim que o primeiro vento mais forte soprou nas suas velas. Um grande fiasco da engenharia naval daquela época, fruto da prepotência do rei.

Cerca de 330 anos depois, em 1961, um caçador de tesouros sueco conseguiu encontrar o navio naufragado. Comunicou seu achado ao rei, que apoiou os esforços para resgatá-lo do fundo da água. Graças à baixa salinidade da água na região do naufrágio, o navio estava praticamente intacto. Após muito trabalho, o navio foi içado, recuperado e levado para o seu local atual, o museu Vasa, uma das principais atrações de Estocolmo. A madeira foi tratada com uma substância chamada polietileno glicol, que impede seu contato com o ar e conseqüente apodrecimento. 85% do navio em exposição são peças originais. A restauração do navio foi chamada de "o maior quebra-cabeças do mundo”. Os 15% restantes foram restaurados com madeira mais clara, para não confundir com o carvalho original. O resultado é impressionante!

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