quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Revolução Cultural

Essa expressão pode passar uma idéia equivocada sobre um dos períodos mais duros da história recente da China. Idealizado por Mao Tse-Tung e iniciado em 1966, esse movimento foi extinto oficialmente em 1969, mas na prática só terminou mesmo em 1976, após a morte do Mao. Durante esses dez anos, o lema era destruir tudo o que fosse antigo e tudo o que remetesse à religião, ao imperialismo ou à burguesia. Apesar de não ter sido tão brutal quanto os extermínios do Khmer Vermelho no Camboja, causou a destruição de templos, monumentos e objetos históricos, além da morte ou mutilação de centenas de milhares (dados oficiais) ou milhões de chineses.

Apesar dessa tragédia e de outros fracassos anteriores, como o Pequeno Salto Adiante e o Grande Salto Adiante, Mao ainda é tido hoje como o grande responsável pela Nova China, que é como os textos oficiais se referem ao país refundado após a revolução comunista. Por sua importância histórica, seus erros são relativamente perdoados, muito embora a nova classe média não tenha pudores em dizer que não gosta muito dele.

O primeiro sucessor de Mao Tse-Tung foi Deng Xiaoping, que abriu gradativamente o país à economia de mercado e estabeleceu as bases do que nós ocidentais consideramos a nova China.

Você sabia?
Que a política do filho único foi estabelecida somente após a morte do Mao? Antes disso, houve um equivocado estímulo à natalidade. Se isso não tivesse acontecido, provavelmente as famílias de hoje poderiam ter dois filhos.

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