sexta-feira, 22 de junho de 2007

Um toc na cuca

Quando eu era adolescente eu li um livro do meu pai com o nome acima, que tratava da questão da criatividade. Era meio de auto-ajuda e falava de algumas amarras que adotamos e que acabam nos impedindo de criar e encontrar soluções novas. Mas outras vezes essas "amarras" têm uma razão de ser, então é importante saber se fazemos determinada coisa sempre igual simplesmente por hábito ou porque existe um motivo para isso.

Por exemplo, por que andamos para a frente e não para os lados? Há um motivo ou é apenas convenção?

Eu sou muito metódico (ah, não diga!), mas muitas vezes saio da rotina para testar algo novo. Se for aprovado, entra na rotina e passa a fazer parte do método. Mas devo confessar que nem sempre as novidades trazem alguma melhora, a não ser o prazer de variar e experimentar.

Por exemplo, para concluir o assunto iniciado no relato anterior, "descobri" recentemente que não foi à toa que criaram mesas e cadeiras... Numa semana em que resolvi variar e trabalhar no sofá, senti que o prazer inicial da mudança acabou sendo superado pelo calor do laptop no colo, mau jeito no pescoço, desconforto nas mãos. Ou seja, trabalhar deitado, sentado, contorcido, ou em qualquer outra posição que eu tenha tentado no sofá, pode ser até mais lúdico, porém muito menos produtivo e eficiente do que trabalhar sentadinho na minha mesa, bem caretamente.

Por um lado, fiquei feliz. Afinal, não foi à toa que projetei a minha mesa de trabalho na altura que eu queria, comprei uma cadeira giratória confortável, etc.

Obs.: Isto não deve ser entendido como um desestímulo à criatividade e à experimentação, tampouco como recomendação do livro mencionado.

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