quinta-feira, 21 de junho de 2007

Teclado

Da última vez que eu fui a Taiwan, primeiro dia de trabalho, chega o Alex da Espanha e tira da mochila um imenso teclado, destes tipo Microsoft, com teclas específicas para várias funções, e se instala todo orgulhoso na mesa dele, na minha frente. Eu não resisti a perguntar se ele tinha trazido aquele trambolho da Espanha. Ele disse que sim, afinal era muito mais confortável, tinha todas as teclas à mão, etc etc. No princípio, não me convenceu.

Agora, mais de dois anos depois, devo confessar que vou aderir à moda. No dia-a-dia, trabalho no laptop usando um teclado externo, convencional, mas na maioria das vezes que viajo, trabalho no próprio teclado do laptop. Isso, há sete anos. Eu já sentia grande diferença, mas só agora, depois de dez dias seguidos de trabalho jumental, dois dos quais trabalhando sem o teclado externo (dentre outros motivos, como simulação para a viagem), consegui perceber nitidamente o tamanho dessa diferença. Só a perda de produtividade foi de uns 30%. Não sei se é porque as teclas do laptop são mais próximas entre si, mais duras ou têm o curso mais reduzido, o fato é que digitar no teclado externo é muito mais confortável e produtivo mesmo. Quem passa de oito a dez horas por dia na frente do computador, teclando o tempo todo, provavelmente concordará com o que eu estou falando.

Além disso, um dos programas de tradução que eu uso tem uma função recorrente que exige que eu aperte uma combinação de teclas (não configurável) cada vez que eu mudo de frase. No teclado convencional são duas teclas, mas no teclado do laptop são três, porque não tem aquele teclado numérico do lado direito e eu preciso apertar uma terceira tecla para fazer de conta que existe. Parece pouca diferença, mas não é.

Conclusão: resolvi levar o teclado comigo na viagem. Pelo menos, o meu modelo é bem mais "singelo" que o do Alex; um teclado básico, sem ares nem tamanho de nave espacial. Quando eu não estiver trabalhando muito e for dar um rolé, deixo ele na minha "base". Quando tiver algum projeto grande, uso o teclado. Em últimos casos, se precisar, deixo ele na Venezuela, mesmo porque já vai estar velho... (Pensando bem, espero que ele dure a viagem toda.) Acho que preciso arrumar uma caixa pra ele também, pra evitar estragar as teclas cada vez que precisarmos pegar um avião.

Em tempo: até onde eu sei, teclado com layout de teclas brasileiro só se compra no Brasil, então não adianta pensar em comprar um igual lá fora se precisar.

2 comentários:

iglou disse...

Carlos, tu és o preparador de viagens mais meticuloso que eu conheço!

Carlos Teixeira disse...

Eu sabia que alguém ia acabar dizendo isso mais cedo ou mais tarde... he he he