quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Depois da Índia

Logo na minha primeira semana na Índia, fui ao consulado do Japão tentar obter o visto. Quem não se lembra por que eu não tirei o visto no Brasil, leia isto aqui. O funcionário do consulado confirmou o que eu já sabia, mas não queria acreditar, que o Japão só fornece vistos para residentes do país. Aí só me restava uma opção: enviar o meu passaporte via Fedex para o Brasil e pedir para os meus pais darem entrada em meu nome no consulado de São Paulo.

Além dos riscos de que o passaporte se perdesse no meio do caminho, duas outras razões me fizeram desistir de tentar: primeiro, a grande chance de que eu não conseguisse o visto, pelas razões explicadas no relato mencionado acima; segundo, porque na Índia a maioria dos hotéis exige o passaporte para registrar os hóspedes, e as minhas possibilidades de viajar na Índia durante algumas semanas ficariam limitadas.

Além disso, achei que poderia aproveitar a oportunidade para conhecer outro(s) país(es) na Ásia. Só fiquei triste por não poder reencontrar o Takaaki, que era o motivo principal de eu ter escolhido o Japão e por todo o trabalho que ele teve pra me enviar a papelada dele.

Enfim, desisti do Japão e decidi escolher um país que quisesse me receber de braços abertos. Ou seja, eliminei todos os que exigiam vistos dos brasileiros. A seguir, usei um outro critério: queria um país que fosse bem mais civilizado que a Índia, porque os meus dez primeiros dias lá já tinham me tirado do sério (vide relatos sobre Puna). A minha primeira opção era a Coréia, já que eu ia fazer conexão lá para ir da China pro Japão e do Japão pra Austrália, então bastaria eliminar as duas pernas de ida e volta Seul-Tóquio. Mas três semanas era muito tempo para ficar na Coréia e o país não me parecia exótico o suficiente. Acabei escolhendo Malásia e Cingapura, sobretudo depois que conheci um malásio super gente boa no ashram do Osho em Puna, que me falou um pouco sobre o país dele.

Feitas as escolhas, passei duas semanas em contato com a Delta (e conversando com a Marina) para alterar o meu roteiro. Eu estava com muita saudade e pensei em abreviar a viagem, chegando em Caracas antes do Natal, onde me encontraria com a Marina para passarmos o Natal e o Ano Novo juntos. Mas não consegui nenhum vôo para Caracas nesse período e acabamos mudando os planos: a Marina vai visitar a irmã dela na Espanha no final do ano e depois vai direto para a Venezuela, onde vamos nos encontrar! Acabou ficando para mais tarde do que queríamos, mas pelo menos deu certo de nos encontrarmos ainda durante a minha viagem.

Além disso, com os novos vôos que consegui com a Delta, vou ter uma espera de dez horas em Seul (das 9h às 19h) quando estiver indo da Malásia para a China, portanto vou ter tempo para conhecer um pouco da cidade. Em janeiro, quando eu estiver indo da Austrália para a Venezuela, vou ter uma espera de 21 horas (!) em Nova York e já combinei com o meu primo que a gente vai se encontrar, jantar, passear, etc.

O novo roteiro ficou assim:
(clique para ver ampliado)

Vejam que interessante: no dia 17/1, vou sair de Seul às 19h30 e, depois de viajar mais de dez horas, vou chegar em Nova York às 19h10 do mesmo dia!

A parte ruim vão ser as minhas conexões em Houston: 4,5 horas de espera na ida de Nova York para a Venezuela e 8 horas de espera voltando da Venezuela para o Brasil (pois é, não encontraram um vôo mais direto e vou ter que voltar para os EUA pra depois ir pro Brasil). Além disso, já conheço Houston e não tenho a mínima vontade de sair do aeroporto para ver nada lá. Acho que vou tentar mudar isso de novo...

Nenhum comentário: