Sua construção começou no séc. V a.C. e perdurou até o séc. XVI, na dinastia Ming, sempre com a finalidade de defender a fronteira setentrional do império chinês. Apesar da quantidade estúpida de recursos materiais e humanos empregados na sua construção, não impediu importantes invasões vindas do norte, notadamente dos poderosos mongóis. Milhões de operários trabalharam nas obras e calcula-se entre 2 e 3 milhões o número dos que morreram na execução da tarefa. Diz a lenda que muitos dos corpos foram aproveitados na própria estrutura do muro.
Atualmente, a maior parte da Muralha encontra-se em ruínas. Muitas seções foram recuperadas ao longo das últimas décadas, sobretudo com fins turísticos.
A partir de Pequim é possível visitar algumas delas. Eu queria ver uma seção que não fosse muito turística. A seção mais badalada chama-se Badaling (fácil de lembrar). Outra bastante famosa é Simatai, que fica um pouco mais longe e proporciona caminhadas de até quatro horas ao longo de trechos não totalmente restaurados.
A Lígia me indicou o Chinese Culture Club, que é um centro cultural voltado para estrangeiros, com cursos e tours por Pequim e região. Eles tinham um passeio para a seção da Muralha de Mutianyu e para as tumbas Ming. Resolvi arriscar e me tornei um grande fã desse centro. Eles cobram um pouco mais caro do que outros passeios para a Muralha, mas o que oferecem é muitas vezes melhor.
Quando eu me atrasei de manhã por causa daquele motorista de motocaixa fdp, eles não iam me esperar, em respeito aos outros clientes, que tinham chegado na hora. Achei super correto, porém consegui que me esperassem oito minutos. Quando entrei no microônibus eu não sabia onde enfiar a cara, todo mundo sentado esperando o brasileiro atrasado, mas fui logo agradecendo todo mundo e pedindo desculpas e o pessoal me acolheu numa boa.
Ao longo do trajeto, a nossa guia Jasmin foi super profissional, falava inglês muito bem, explicava coisas interessantes, respondia todas as perguntas e era simpática.

Agora, com vocês, as paisagens deslumbrantes:















4 comentários:
Achei muito interessantes as fotos e comentários que você fez até aqui sobre a China e descobri que nas minhas caminhadas dos últimos anos, já andei uma distância semelhante à da Grande Muralha, ou seja cerca de 6.600 km.
Estsva eu procurando roteiro de viagens para Italia, quando me deparo com a sua viagem. Nossa! Muito 10. Seu relato e suas fotos me motivaram ainda mais sair pelo mundo a fora!
Boa sorte na sua viagem
Feliz ano novo
Carlão,
Se você quiser fazer uma trilha por toda a extensão da muralha, você consegue? O acesso é livre? Onde que ela termina (ou começa?)
Obrigada pelas lindas imagens, Carlos.
Uma delícia!
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