O texto abaixo foi retirado de um dos painéis informativos do museu, sobre o desenvolvimento mais recente da cidade:
Em 1982, o Conselho de Estado anunciou as 24 primeiras cidades de renome histórico e cultural; Pequim estava no topo dessa lista.
O Plano Diretor Municipal de Pequim de 1982 reforçava a proteção da cidade antiga, dava atenção ao entorno dos sítios históricos, preconizava a coordenação entre a preservação de edifícios históricos e a proteção de áreas verdes e mananciais, recomendava uma evacuação maciça da população do centro da cidade e encorajava a coordenação da renovação da cidade antiga e o desenvolvimento de áreas de subúrbio.
Nesse período, foram anunciados 209 sítios oficialmente protegidos em duas fases. O governo municipal demarcou as zonas de proteção e zonas-tampão para 202 sítios.
Em 1985, foram promulgadas as primeiras regras sobre alturas de construção nas áreas urbanas para evitar danos à paisagem da antiga cidade-capital, restringindo o desenvolvimento impensado de arranha-céus.
Em 1987, o plano de zoneamento ajustou os limites das alturas de construção na cidade antiga e nas áreas centrais de Pequim, impôs limites sobre a taxa de ocupação do solo e providenciou a proteção de corredores paisagísticos e áreas tradicionais.
Em 1990, o governo municipal anunciou 25 zonas de proteção histórico-cultural.
Abaixo está uma parte da maquete gigantesca de Pequim, que ocupa um andar inteiro do museu. A foto foi tirada com o norte à frente. Em primeiro plano, na parte inferior central, vemos a Cidade Proibida. À sua esquerda, os lagos.








Em geral, os hutongs foram formados a partir da justaposição de diversas casas grandes dotadas de pátios internos. Com o tempo, essas casas foram sendo divididas entre várias famílias, que passaram a compartilhar a porta de entrada e transformaram o pátio em área comum. Atualmente fica difícil identificar os limites entre uma casa e outra, assim como o layout original de cada casa.
A foto abaixo mostra uma das portas que serve de acesso a um pátio interno, onde estão as portas das casas atuais. Uma dessas áreas internas poderá ser vista com maior detalhe (e emoção) no vídeo que aparece mais abaixo.

Eu estava procurando um pequeno museu que ficava em um hutong quando percebi que o endereço não existia mais. A foto abaixo mostra o local em questão e ilustra como se dá o processo de alteração desses bairros (a foto está ruim, porque já era quase noite). Faz-se um plano de traçar uma nova rua ou avenida, derrubam-se as casas necessárias para abrir a rua, constrói-se a rua nos padrões modernos, com calçadas, canteiros para árvores, etc, e constrói-se um muro ao longo das calçadas, criando uma nova fachada para conter o que restou. Dizem que as indenizações pagas pelo governo são relativamente generosas e os moradores desalojados acabam se mudando para apartamentos mais confortáveis, porém longe do centro, onde moravam.

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