quarta-feira, 11 de abril de 2007

Planejamento (2)

Como o Cássio (meu irmão) bem lembrou, vale a pena dizer que, durante os anos em que eu fui acumulando as milhas, tive a oportunidade de conhecer vários lugares interessantes, tanto nas cidades em que fiquei trabalhando, por períodos relativamente longos (entre três semanas e três meses), com em outras cidades que tive a oportunidade de visitar nos fins de semana, feriados ou aproveitando férias depois de concluído o trabalho. Assim conheci várias cidades dos Estados Unidos, França, Espanha, Portugal, Alemanha, Itália, Suíça, Áustria, Taiwan, além de Hong Kong, Macau e África do Sul (apenas uma tarde em Johannesburgo).

Eu demorei para descobrir quais eram as condições desse bilhete de volta ao mundo da Delta. No site não fala quase nada, mas eu me lembrava de ter lido em algum lugar que poderia fazer um máximo de quinze paradas. Durante vários anos, pensei na viagem com esse número em mente. No ano passado, consegui uma revista Viagem cujo tema de capa era justamente "Volta ao mundo" (edição de março de 2005). Ali tinha uma tabela comparativa entre três grupos de empresas que oferecem esses bilhetes (OneWorld, Star Alliance e SkyTeam). Eles também diziam que o grupo da Delta (SkyTeam) permitia 15 paradas e listavam outras condições do bilhete, como distância total máxima, exigência de voar sempre num mesmo sentido, etc.

Dentre as várias possibilidades de fazer a viagem, a minha dúvida maior era quanto à duração: se fazia uma viagem longa, de um ano, intercalando lazer e trabalho; se fazia uma viagem curta, de uns dois meses, só de férias mesmo; ou se fazia uma viagem média, de uns seis meses, sem saber muito bem como conciliar as duas coisas. Quanto ao roteiro, eu pretendia ficar na casa de alguns conhecidos em algumas cidades, onde eu ficaria mais tempo, e os outros destinos seriam os mais exóticos possíveis. Eu pensava em lugares como Uzbequistão, Burundi; enfim, lugares raramente visitados por brasileiros. Mais do que uma necessidade de ser diferente ou "do contra", o que me movia era a curiosidade, ainda mais acentuada depois que conheci o Thiago Ghilardi, em Águas de São Pedro, que fez uma viagem de volta ao mundo de bicicleta. Mas eu também pensava em incluir alguns destinos mais óbvios, como Bali, Tailândia, Bora Bora, sei lá.

Finalmente, no final de 2006, depois do susto da redução da validade das minhas milhas, decidi que a viagem seria em 2007 e comecei a tentar obter todos os detalhes junto à Delta. No site não encontrei nada. Enviei um email, mas responderam dizendo que esse assunto precisaria ser resolvido por telefone. Finalmente, por telefone me explicaram que o bilhete de quinze paradas é um dos bilhetes de volta ao mundo que podem ser comprados. Usando milhas, o número de máximo de paradas era de seis, limitadas a três por continente. Isso mudava muito as coisas.

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