quarta-feira, 18 de julho de 2007

Acidentes aéreos

Eu tinha planejado que o próximo comentário seria sobre a minha dificuldade em conseguir o visto do Japão, mas considerando-se o acidente com o vôo JJ 3054 da TAM em Congonhas hoje, eu não conseguiria escrever sobre um assunto tão pequeno.

Claro que já tinha passado pela minha cabeça certa preocupação com os 19 pousos e decolagens previstos para a minha viagem, mas hoje senti o perigo de perto. Passei pelo local atingido hoje de manhã, algo que acontece apenas uma ou duas vezes por ano. O meu irmão, se não tivesse ido cortar o cabelo, talvez estivesse passando por ali no horário do acidente ao voltar para casa. Ultimamente tenho tido a estranha sensação de estar em uma zona de guerra, como se as bombas fossem explodindo à minha volta enquanto eu vou andando. Parece que a qualquer momento pode cair uma na minha cabeça ou explodir outra embaixo dos meus pés.

Ao que tudo indica, o acidente de hoje foi provocado pelas precárias condições da pista de pouso de Congonhas, reformada e reaberta recentemente sem os devidos sulcos para escoamento da água. Afinal, depois de tocar o solo, o avião precisa usar pneus e freios para parar, como um carro. Com a chuva de hoje, a pista estava encharcada e o avião aquaplanou (os pneus derraparam). O piloto viu que não ia conseguir parar antes do final da pista, tentou arremeter, mas a velocidade era baixa e só foi suficiente para o avião cruzar a Av. Washington Luís e despencar em cima de um prédio da própria TAM. Até agora, já são nove horas de incêndio e não há chances de sobreviventes. Pelo menos 170 pessoas carbonizadas dentro da aeronave. O novo maior acidente da aviação brasileira. Fatalidade ou conseqüência inevitável de tanta incompetência e irresponsabilidade?

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